terça-feira, 23 de agosto de 2011

Caretas


Sempre tive uma sina nessa vida: Maria Palheta. Nem tanto por escolha direta, mais por coincidências mesmo. Uma dessas empreitadas foi com um jovem músico da cidade, que será carinhosamente chamado de C. C, de caretas. Logo explico.
Durante algum tempo, sai com esse carinha, um querido, bonitinho, diver, tirando uma mania chata de se impressionar pela quantidade de cerveja que consigo beber, e achar que eu era "muito louca"(pobre da criança, que não viu nada nessa vida!), enfim, tinha potencial.
Mas seguiu-se algumas saídas, festinhas cervejinhas, caronas, biriris... um dia, finalmente, fomos pra casa dele. A primeira coisa que me impressionou, foi perceber que pouca coisa ia me impressionar por ali... Sim, eu já sabia que não seria 'grande coisa', mais sabe como é, sempre tem aquela esperança que o desempenho compense.
Bom, não compensou. E pra piorar, caretas, muitas caretas. Óbvio que fiquei a ver navios, quem consegue se concentrar desse jeito?
Boca retorcida, olhos revirando, um aberto e um fechado, e volta e meia, uma língua no meio dos dentes.
Momentos de tensão.
Podia piorar? Sim, eu moro no centro, e ele mora no outro lado da cidade. Não tinha como voltar pra casa.
E agora? E agora? Salva aos 45 do segundo tempo!
Por essas situações, eu sou muito feliz por ter morado com a minha mãe tanto tempo! Eis que ela me liga, como um cavaleiro andante num cavalo branco, no maior clichê possível! Pergunta se eu não vou dormir em casa, preocupada com o portão aberto, não necessariamente comigo, e eu respondo, pra ela não se preocupar, que já to chegando. Desligo o telefone, invento uma pequena tragédia familar, e digo ao boy que eu preciso ir pra casa, minha mãe ta me esperando, que coisa chata, mas é assim mesmo, morar com a família e tal, blablabla.
Ele fica consternado, provavelmente puto da cara comigo, mas acaba me levando de volta.
Não tenho culpa se ele mora tão longe! Pra essas situações inventaram motel!
Mas acabei em casa, dormindo bem esparramada na minha cama, mas com aquelas caretas perturbando meu sono.
Mas a diabolicagem com o C. ainda não tinha acabado.

G.

Um comentário:

Anônimo disse...

Fica dica, quanto menos caretas, mais quente!!