domingo, 27 de maio de 2012

Porque hoje é sábado

Sabe aquelas noites que tu acha que vai encontrar o homem da tua vida. Uma força maior te move até o lugar... aí tu se arruma, se perfuma e segue em frente. Entre tantas cevas, risadas e algum papo entre amigas, ele surge: lindo, barbudo, e super simpático. Um olá caloroso, uns sorrisinhos. Começa o show, sambas bons, amigos chegando e ceva sempre no copo. Quando tudo acaba, ficamos lá conversando com nossos amigos e ele passa me cutucando (pq? me pergunto). Aí uma de nós sai para fumar. Eu sigo com ela. Ele está lá, conversando com uma guria, declamando uns trechos de poesia e ela com seu Iphone, tentando seguir os versos que ele começara. Mas não, não adianta, eu olho, eu dou sorrisinhos e nada acontece. Ele continua sendo meu amor platônico. Ele namora, ele pode até trair, mas eu não quero mais isso. Ser a outra já passou da fase. Enfim... acabamos a noite, bebendo um pouco mais em outro bar, de fim de noite, rindo, comendo e esperando uma nova chance de eu chegar mais perto. De quem sabe, até agarrar. Ontem faltou coragem, álcool no sangue ou uma dose de safadeza.  Quem sabe outro sábado, pois como já dizia Vinicius: 
Impossível fugir a essa dura realidade 
Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios 
Todos os namorados estão de mãos entrelaçadas 
Todos os maridos estão funcionando regularmente 
Todas as mulheres estão atentas 
Porque hoje é sábado. 
           [...]
        Porque hoje é sábado 
Há um beber e um dar sem conta  

 Sigamos em frente, atrás do próximo instante. Do próximo passo ou talvez do próximo fora. 

terça-feira, 15 de maio de 2012

Paixão sem noção.

Essa loucura toda fez eu me lembrar alguns causos passados.


Era uma paixão sem noção que já durava 5 anos. Sempre tudo demais.


Naquela noite fui pro ap(e)rtamento dele. Ele falou que a mãe, a "véia", não ía chegar tão cedo no outro dia.


Começamos na sala. As roupas quase saíram pela janela do 4º andar.


Não notei mas o sutiã sumiu.


Ele era daqueles que gosta de machucar. Te aperta, te sufoca, te arranca pedaço se tu não gritar. Mas os limites são dados com a intimidade. O meu é sempre maior. Em tudo na vida.


A dor das mordidas tava ali, naquele limite fudido que pode causar uma merda bem grande. Mas não dava pra voltar atrás. E eu só podia ir adiante.


O dia já tava clareando e a gente foi pro quarto. Ele me sufocava pra eu gozar. E eu não queria saber do mundo fora daquela cama.


Cheia de marca, dormi ali. Enquanto as mordidas doíam. E eu sabia que o coração ía doer depois também.


Só que a mãe dele chegou, e chegou bem cedo. Ouvi o barulho da cozinha e ele foi dar uma geral.


A distância da porta do quarto pro banheiro, do banheiro pra sala e da sala pra cozinha se resumiam a cinco passos com um campo de visão tão pequeno quanto o meu juízo, pra estar ali.


A mãe dele tava recebendo visitas, e fazendo um mate. E eu ali. Ele falou pra eu me vestir que ele ía dar um jeito de despachar a "véia".


Faltavam só.. as roupas.


Hoje nada dói mais. Dessa eu me livrei.



Meu sutiã?


Ele catou embaixo da "véia", enquanto ela tomava um mate.