terça-feira, 15 de maio de 2012

Paixão sem noção.

Essa loucura toda fez eu me lembrar alguns causos passados.


Era uma paixão sem noção que já durava 5 anos. Sempre tudo demais.


Naquela noite fui pro ap(e)rtamento dele. Ele falou que a mãe, a "véia", não ía chegar tão cedo no outro dia.


Começamos na sala. As roupas quase saíram pela janela do 4º andar.


Não notei mas o sutiã sumiu.


Ele era daqueles que gosta de machucar. Te aperta, te sufoca, te arranca pedaço se tu não gritar. Mas os limites são dados com a intimidade. O meu é sempre maior. Em tudo na vida.


A dor das mordidas tava ali, naquele limite fudido que pode causar uma merda bem grande. Mas não dava pra voltar atrás. E eu só podia ir adiante.


O dia já tava clareando e a gente foi pro quarto. Ele me sufocava pra eu gozar. E eu não queria saber do mundo fora daquela cama.


Cheia de marca, dormi ali. Enquanto as mordidas doíam. E eu sabia que o coração ía doer depois também.


Só que a mãe dele chegou, e chegou bem cedo. Ouvi o barulho da cozinha e ele foi dar uma geral.


A distância da porta do quarto pro banheiro, do banheiro pra sala e da sala pra cozinha se resumiam a cinco passos com um campo de visão tão pequeno quanto o meu juízo, pra estar ali.


A mãe dele tava recebendo visitas, e fazendo um mate. E eu ali. Ele falou pra eu me vestir que ele ía dar um jeito de despachar a "véia".


Faltavam só.. as roupas.


Hoje nada dói mais. Dessa eu me livrei.



Meu sutiã?


Ele catou embaixo da "véia", enquanto ela tomava um mate.

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