Essa loucura toda fez eu me lembrar alguns causos passados.
Era uma paixão sem noção que já durava 5 anos. Sempre tudo demais.
Naquela noite fui pro ap(e)rtamento dele. Ele falou que a mãe, a "véia", não ía chegar tão cedo no outro dia.
Começamos na sala. As roupas quase saíram pela janela do 4º andar.
Não notei mas o sutiã sumiu.
Ele era daqueles que gosta de machucar. Te aperta, te sufoca, te arranca pedaço se tu não gritar. Mas os limites são dados com a intimidade. O meu é sempre maior. Em tudo na vida.
A dor das mordidas tava ali, naquele limite fudido que pode causar uma merda bem grande. Mas não dava pra voltar atrás. E eu só podia ir adiante.
O dia já tava clareando e a gente foi pro quarto. Ele me sufocava pra eu gozar. E eu não queria saber do mundo fora daquela cama.
Cheia de marca, dormi ali. Enquanto as mordidas doíam. E eu sabia que o coração ía doer depois também.
Só que a mãe dele chegou, e chegou bem cedo. Ouvi o barulho da cozinha e ele foi dar uma geral.
A distância da porta do quarto pro banheiro, do banheiro pra sala e da sala pra cozinha se resumiam a cinco passos com um campo de visão tão pequeno quanto o meu juízo, pra estar ali.
A mãe dele tava recebendo visitas, e fazendo um mate. E eu ali. Ele falou pra eu me vestir que ele ía dar um jeito de despachar a "véia".
Faltavam só.. as roupas.
Hoje nada dói mais. Dessa eu me livrei.
Meu sutiã?
Ele catou embaixo da "véia", enquanto ela tomava um mate.
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