Sabe aquelas noites que tu acha que vai encontrar o homem da tua vida. Uma força maior te move até o lugar... aí tu se arruma, se perfuma e segue em frente. Entre tantas cevas, risadas e algum papo entre amigas, ele surge: lindo, barbudo, e super simpático. Um olá caloroso, uns sorrisinhos. Começa o show, sambas bons, amigos chegando e ceva sempre no copo. Quando tudo acaba, ficamos lá conversando com nossos amigos e ele passa me cutucando (pq? me pergunto). Aí uma de nós sai para fumar. Eu sigo com ela. Ele está lá, conversando com uma guria, declamando uns trechos de poesia e ela com seu Iphone, tentando seguir os versos que ele começara. Mas não, não adianta, eu olho, eu dou sorrisinhos e nada acontece. Ele continua sendo meu amor platônico. Ele namora, ele pode até trair, mas eu não quero mais isso. Ser a outra já passou da fase. Enfim... acabamos a noite, bebendo um pouco mais em outro bar, de fim de noite, rindo, comendo e esperando uma nova chance de eu chegar mais perto. De quem sabe, até agarrar. Ontem faltou coragem, álcool no sangue ou uma dose de safadeza. Quem sabe outro sábado, pois como já dizia Vinicius:
Impossível fugir a essa dura realidade[...]
Neste momento todos os bares estão repletos de homens vazios
Todos os namorados estão de mãos entrelaçadas
Todos os maridos estão funcionando regularmente
Todas as mulheres estão atentas
Porque hoje é sábado.
Porque hoje é sábado
Há um beber e um dar sem conta
Sigamos em frente, atrás do próximo instante. Do próximo passo ou talvez do próximo fora.